Vem devagarinho, sorrateiro e de repente resplandesce com toda a luz que traz, o Natal de 2008! Dou-me conta que as decorações já ilustram as ruas, ao olhar para cima enquanto abrigo os olhos da chuva que me refresca a passeata. Ainda não estou lá nesse espírito do Natal, mas já despachei umas compras e começo a pôr-me no lugar que pede a época. Os planos começam a ganhar forma, nomes e datas, á medida que de um a um vou assinalando o mapa do ano que se segue. À noite, iluminada estrada abaixo, a Gracia desenha em Grande o sonho da época, com as cores que sabem bem. Com as luzes que tal qual lâmpada nocturna para os insectos, têm as pessoas a zunir umas contra as outras no borbulhar consumista de centro de cidade.
Com vontade e alguma (in)certeza, vão surgindo pensamentos á superfície, trazidos pelo momento de amanhã que se quer mais sábio e vivido. Tem sido muito benéfico o processo nem sempre indolor de fazer perguntas certas e certamente incómodas, identificar comportamentos e na verdade chegar ao cerne do que é importante, quer pela concordância ou pelo desapontamento. Que em breve se transforma em perdão, em descoberta, ou simplesmente saber teórico, como que uma nota a reter para o futuro. O post-it que fica ali á espera de ser relembrado. É vida, da que conta, que eu quero - nem sempre vai saber bem, na autenticidade do agora, mas que no fim me tem no sítio onde preciso estar:)
Com alegria me lembrei esta manhã que posso trazer as mãos muito melhor temperadas num frio que traz uma breves geadas á cidade onde a palavra calor rima com tudo.
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