Friday, April 25, 2008

"I´ll be back"

O Universo (eu chamo-lhe isso) tem maneiras interessantes de trazer as coisas á realidade.

Foi uma pausa longa demais, quando se interrompe o hábito ele deixa de o ser e por vezes custa a ser re-introduzido. Pelo menos na minha cabeça não foi perdido, penso que vir até aqui largar uns pensamentos me faz bem e tenho sentido falta disso. Assumo a responsabilidade de não o ter feito mais cedo, talvez seja porque existam temas que não têm corrido tão bem como seria desejável e como tal sinto que falando deles a minha manifestação de negatividade atraísse mais do mesmo. Medos. É disso que se trata. Eu quero-os, a verdade acaba por ser essa. Não há coragem sem eles e não se desmistificam sem os confrontar. Step up! - Esta vem de Londres ainda.

Mas apesar disso, estou confiante. Tomei decisões, estou a caminho de conquistas que me inspiram e ao que parece aos que me rodeiam também, agi sobre essas frustrações, e essa sensação é algo que só se obtem no desafio e confronto, não no evitar. Acuso-me aqui de ter passado este tempo a tentar fazê-lo de uma forma consciente.

Em revista:
A minha internet continua por resolver. 3 encontros (em que os agentes da Telefonica teimam em marcar mas não comparecer) e muitos telefonemas depois, continuo com uma Livebox muito bonita e moderna em cima da mesa da sala espaçosa, que ajuda a compôr o ar do espaço habitacional daquela divisão. Tem um senão, é que continua a não cumprir a sua função, que é a de dar sinal de ligação, e estou agora sem ideia do que fazer ou a quem o fazer:)

Tenho uma queixa redigida contra a Phone House por não me aceitarem a declaração de roubo do tlm (documento emitido pelos Mossos de Esquadra, um dos orgãos de autoridade local) e pela forma como fui tratado na mesma loja, sendo acusado de que é um documento falso. Vou entregar a queixa na Defesa do Consumidor, pelo que valha ou não, ao menos faço-o. Entretanto, estou sem tlm aqui, incontactável fora do escritório e na eminência de ter que comprar novo aparelho do meu bolso.

Quero fazer um aviso ás massas nacionais. Não as culinárias, cujo slogan nos vem de tempos de infância ("O que é Nacional, é boooom..." - quase que ouço a música sobrpor-se á da que me sai dos headphones directamente para dentro dos ouvidos), mas ás outras massas. Aos Tugas! Pois aqui fica:

CUIDADO com o que dizem nas lojas Phone House, podem ser "acorrentados" ás vossas palavras numa lingua que não é vossa e as consequências podem ser no mínimo irritantes! MUITO CUIDADO, escolham bem as palavras porque não terão direito a 2ª chance. MUITO cuidado com os seguros que vos apresentam como sendo de extremo benefício e interesse, pois quando precisarem deles, pode muito bem ser que não vos valham de nada! Quem vos amiga, vosso avisado foi! - Ou algo assim:)



Para terminar, ontem ao fim do dia recebo nova correspondência da Intrum Justitia (cujo nome não deixa muito lugar á interpretação, com os avançados conhecimentos de Latim que possuo) com um aviso de medidas extremas por falta de pagamento de uma conta da Orange que bem se podia chamar Pillage (Pilhagem, em "amaricano").



Liguei imediatamente para a mesma instituição, e ofereci um valente desentope-tímpanos à pessoa que me atendeu, que finalmente acedendo aos "arquivos" se deu conta de que a referida dívida foi saldada há mais de 2 meses, cujos comprovativos fui eu caçar ao Santander e á Orange (que diga-se de passagem têm um excelente grau de comunicação - "not!"), e que lhes tinham sido enviados 2 vezes por fax pela minha honorável pessoa. Pois interessante como continuo a ser admoestado com avisos, a mais no sentido de evitar medidas extremas, imagine-se!

A estratégia dos serviços espanhóis primam pela ineficiência e interdesorganização, apostam na contínuo desgaste do utente, esperando que este se canse de fazer a sua "birra" e eventualmente vire costas, já sem forças para lutar contra os obstáculos criados no processo de solução dos seus problemas... Sinceramente estou desapontado com tudo isto (secalhar por encontrar tantas semelhanças com os nossos próprios), mas por algum motivo ter respondido e tomado acção em relação as estas 2 últimas situações parece ter-me levantado o moral. Acordei bem disposto, desejei bem ao mundo, voltei a acreditar que estamos cá para fazer algum bem, absorvi uns raios de sol ao sair de casa e pús-me a caminho de mais meia hora de leitura no metro.

Será tudo isto inspiração amorosa? :) ... Um fim de semana em Bruxelas pode muito bem estar na origem de tal optimismo, o que é facto é que numa nova fase surgem-me (-nos) também obstáculos que têm dias parecerem mais cinzentos que o clima da cidade. Surpreendeu-me o ar... "rude e crú" ("Deus" me perdoe primeiro a mim por tão vil e superficial afirmação, e depois aos próprios habitantes pela sua genética) de uma boa parte das pessoas que encontrei por aquelas paragens, pois lembraram-me alguns filmes que remetem para as tabernas medievais de tempos idos dos 1800:) Nada contra os mesmos, esta não passa mesmo de uma primeira observação e desprovida de qualquer juízo ou sequer validade estética, mas foi o que me passou pela cabeça ao percorrer com a Joana rua abaixo o centro de Namur! Fiquei também impressionado com as fachadas que misturavam o pitoresco da herança cultural da cidade e as mais refinadas delicatessen das modernices e do neo-tradicionalismo pasteleiro e produção biológica. Lugar sempre para o belo do Azeite Português que deu origem a uma conversa animada sobre o nosso património gastronómico tão famoso e rico:)