Friday, November 14, 2008

Ruas com histórias

Fim da semana, quer-se há uns dias. Uma cheia de pouca variedade mas preenchida com vontade e afinco. No habitual percurso Ravalesco numa destas noites esticadas pelo trabalho, paro uns minutos para escutar, enquanto arrumo calmamente o troco da água. O dia está no fim afinal. Á medida que merceeiro me conta os pormenores de como se detecta dinheiro falso, vou-me apercebendo que esta zona se presta a testes de vários tipos, e os mais incautos dão por sí a fazerem de cobaias. Ainda não me decidi a considerar esta zona segura, mesmo passando por ali quase todos os dias, apercebo-me de cada vez, dos lamentos interiores das caras desgastadas que povoam as esquinas e paredes desta passerelle de vidas mal contadas e sotaques nada locais.

Na sua colecção de atractivos para um "público" que vai de membros da Al-Qaeda a estudantes e turistas com um bocado de tudo pelo meio, por algum motivo sei que passar ali é uma maneira de me lembrar do fácil que é para alguns, do escuro que é para outros. De que faltam minutos para um treino. De que há uma realidade tão diferente a metros dali. De que posso estar agradecido. Do início. Do wok. Absinto. Das pessoas, das minhas. Do apartamento. Das fotos. CD MM. De Barcelona. Lembrar, apenas:)

















E por contraste (novamente), para me trazer á realidade sólida e concreta do momento imediato, cravejada da atenção que requer, tenho o trajecto motorizado até ao escritório, que é um teste também em sí, a cada semáforo. Já começo a ganhar reflexo de olhar para trás antes de abrir o verde, não vá levar com outro louco que contou que se arranque assim que o peão começa a piscar. Chico Espertismo que põe o nosso próprio em cheque. A impaciência citadina de ganhar mais uns cms á parva. Acalmada pelo trajecto de volta ao fim do dia, que é sempre agradável. Gosto muito de passar pela Sagrada. De manhã e ao cair da noite, de cada lado e em cada sentido:) Pequenino e devagarinho, vou eu olhando para a "rocha" contrastada pela iluminação nas suas infinitas rugas, tal e qual castelo de areia molhada gigantesco. Bolas, que é magnífico!

Está aí a neve, o como, o(s) grupo(s), e mais importante, a vontade de ir afocinhar no frio!

Wednesday, November 12, 2008

Way to go

Pushing in the right direction, focusing on key factors has made everyone aware of working smarter instead of harder since the last meeting. - Which doesn´t in any way take from the fact we´ve been busting our asses off these last few weeks, and there´s stats to back that up too. Harder is definitely not out of the equation, but there´s a sense that going out on a hunt with a shotgun will probably bring less deers down than targetting them with riffle.

Excellent results all through out EU, as far as record days, resulting in record weeks. A temporary stale seems to be a good base camp to regroup, as new meetings, brainstorms and idea discussing gatherings take place, in order to feed off of each others mindsets and perspectives. The latest slides prove that if pride was a sin, I´d very likely be down on my knees, at least on the inside. But along with the whipping, I´d also tap my back heheheh.

Off to another night session.

Tuesday, November 11, 2008

Night session

Dias e noites preenchidas com trabalho, com amigos, comigo, com ideias e música, com introspecção e tempo para quase tudo, até para não dormir. A meio de uma corrida noctívaga dou-me conta que não sei exactamente onde estou, mas está tudo bem, o fiel i-Achiever continua a ritmar-me a passada, pondo banda sonora em cada rua por onde passo. Ask and you shall receive, ao sair de casa tenho o trajecto desenhado na cabeça, sabendo de antemão que o tempo que este trajecto demora fica aquém do orçamento energético de que disponho. Assim penso para os meus botões (ou laços) que seria interessante perder-me, ao menos assim sou obrigado a correr um bocado mais que aquele caminho que conheço e... e sempre esvazio um bocado a cabeça do que me percorre para me ficar no esforço e disciplina para encontrar o caminho de volta e usar mais um pouco de reservas.

Gosto de correr na rua, o tempo passa mais rapidamente do que numa passadeira. O esforço é mais real, "custa" menos mas tem mais impacto calórico. O declive, os semáforos, as poucas pessoas que se vêm nos passeios a essa hora e inclinação das ruas, trazem todos uma variedade que não se replica no ginásio. E ao acabar estou em casa.

Perder-me tem as suas vantagens, no processo de encontrar-me passo por sítios que não conheço, onde não estive e com sorte encontro ex-colegas pelo caminho. Com a vantagem acrescida de que sou eu que me vai levar de volta, depende de mim apenas correr mais uma rua até ao seu fim, passar outro bairro, chegar a outra esquina, voltar a ganhar coordenadas ou perseverar numa solução, muito simplesmente. Não vale pedir ajuda, correr é o objectivo:) Importante não parar por muito tempo, manter ritmo cardíaco e re-avaliar a cada esquina. Uma metáfora, em boa verdade. Porque quem procura sempre alcança. Foi um bom treino, foi uma boa noite, dormi melhor.

Recomenda-se o uso frequente para efeitos duradouros, utilizado em conjunção com Welcome to the Cruel World eleva niveis "serotonínicos" acima do normal.