Thursday, February 12, 2009

Enganchado

"Each Day is a gift, not a given"



A música deles dá-me prazer, dá-me vontade, dá-me pica... faz-me mais sentido a cada vez que os volto a ouvir. Ontem foi um presente, uma lembrança. O poder ter o hoje á minha disposição, sorrir e simplesmente andar. Por mim, contente. Ao sentar-me dei por mim a prestar atenção ás palavras que até o agora de então não teriam sido mais que o som do refrão. De repente o significado coincidiu o momento, apanhou-o. Caramba.

Dos momentos que me chegam ao ser, este ainda vai a caminho. Mas há-de lá bater à porta. Merdas e chatices, discussões e situações, não valem o tempo que ocupam, a factura é alta demais, em grande parte das vezes, demais fica por dizer ou fazer. A dádiva de um dia novo é preciosa, as pessoas que nos cruzam a vida importantes para lá da compreensão imediata. Não nos apercebemos a não ser nesse segundo em que não temos, não há, já não dá. Tivesse sido o que pareceu, lá vinha ele, o arrependimento. A resposta á pergunta do formulário de há dias fez sentido na corrente das sensações que têm fluido, um acordar com um som bem conhecido demais substituiu o despertador. A visão desde a janela avisou. Ou não, disse-me ela.

Não sei que me frustra mais. Disto que me foi esquecido há dias para escrever, lembro-me agora. Se não conseguir, se não conseguir mostrar o que consigo. Uma reunião lembra-me do dilema, uma paixão do problema. Do tema, a frustração.

Um presente, um sorriso. O resto. Vou-me daqui.

Sunday, February 8, 2009

Há muito tempo

...que não sentia assim, que não escrevia tão longamente, que não lembrava dias vividos, que não me sentava a pensar no que foi, que não pensava em mim de fora a partir de dentro, que não sentia umas perguntas desta maneira, que não pensava no que fazer a seguir. Que não via um louro á procura do seu quem. Numa semana que trouxe mais sensações conhecidas e novas, revelaram-se os primeiros passos de um desafio que não se fez apresentar até há uns dias e que está por resolver desde (o meu) sempre. Seja benvindo, pelo que vier. Tinha que ser capicúo o momento, á semelhança de um Infante lembrei-me, que parece não poder ser mais evitado. Vai ser esquisito, vai ser incómodo, enfrentado, vai ser... eu.

1º fim de semana comigo e para mim desde o novo Ano, vieram-me à ideia conversas tidas à mesa com uma amiga no princípio do Janeiro. Eu dizia que teria sentido eu dar alguma coisa neste blog, oferecer pelo oferecer. Respondeu-me que pelo que viu é precisamente isso que fazem estes bocados de mim. Pode ser, digo agora.

Manhã levantada para cima da passadeira, onde o esforço suado costuma encontrar a limpeza e clareza que lhe segue o rastro. O Mirablau está-se a tornar um ponto do meu encontro, bebendo quentes goles de perguntas que se espalham pelo ar que dá céu á cidade e pintam um quadro de cores diferentes cada vez que para ele se olha.

As últimas leituras têm sido de estudo. Na sabedoria da simplicidade absorvida entre paragens e corredores que levam à página seguinte. Maneira proveitosa de reverter cada viagem até ao escritório numa pequena sessao de saber, descartando as pressas e olhares desviados:)

Vou dar uma mirada.