Thursday, April 21, 2011

Poema ao Governo

Dái-lhes festa e diversão, bola e confusão, impostos nas costas da celebração.
Reduzí-lhes direitos, que de visão são estreitos, não necessitam respeito.
Tudo que lhes direís eles farão, tal gente sem instrução, com abnegação aceitarão.
Hora de comer, venha o lazer e aos meus o bom viver, que eu quero receber.

Fazei-os pagar o fisco, tocái do mesmo disco, até que lembrem um Cristo
Tanto apertam o cinto, que valha-nos Santo Tinto, o Tuga será extinto
Bem estão os Pintos, neste maldito labirinto, quase não sinto o instinto
Espalhái a doença, trazei-lhes a desgraça, até não restar carcaça

Concordemos, Assembleia da República, lugar da religião ímpia,
Fábrica de depravação, abuso da resolução, maldita congregação
Grande é a definição, tachos e compadrios são, o sinónimo de Corrupção,
Assembleia da República, corja de "democráticos", tornemos a sátira pública!

Pregái o Manã, dos seus bolsos o futuro sairá, algo de um Deus-Dará.
Cobrar, confiscar e burlar, hora de taxar o Povo do Mar antes deste se lembrar
Que o dia dos Cravos pode outra vez criar - assim se entorpece antes de acordar
Para a manhã que trouxe o acabar a esse filho da Dita dura... Salazar

Pacote de austeridade, Lei da Viscosidade, foi-se a seriedade?
Quem diría o que traría este Avé-Maria - um Camões que faria?
Das caravelas abrimos janelas, criámos tutelas e salvámos donzelas
Nas naus fomos a Macau, escalámos degraus, afamámos o bacalhau

Era de XV a XVII que eles Descobriram o Novo Mundo
Era de coragem, mapear cantos oriundos e monstros hediondos
É de hoje, agora brando costume e feitos cão moribundo
É para amanhã, pedidos e empréstimos nauseabundos
Onde e quando sair deste lugar chamado fundo

Uma História escrita, Uma Glória passada, um orgulho perdido
O Governo dita, O Zé leva-a enfiada, num sorriso fingido
Um e outro Líder parasita, sem levar porrada, um aroma pútrido
Agora o Escudo Português vês, esqueceste o Povo que o fez..