Tuesday, August 12, 2008

What the F#%*????

Eu tenho que falar disto, está-me na cabeça desde ontem, que foi quando o experienciei! Vou directo ao assunto, estou a recuperar do choque ainda:)
Sendo que a ideia subjacente á noção de actividade física envolve entre outras coisas, é a de "esforço" e de "intensidade", fiquei, fico, ficarei ainda espantado com... a inocência?... arrogância?... desplante?... de quem quer que tenha a audácia de se queixar ou de queixar-se de que não está a conseguir resultados com um nível de compromisso tão medíocre como o que presenciei ao vivo.

Esta fica para a história, mas é que fica mesmo! Achei que era incrível pela mais absoluta despreocupação e naturalidade com que assisti a tal cena, é também prova de que realmente temos uma amplitude enorme na interpretação que fazemos do mundo que nos rodeia. Até aqui isso está tudo muito bem, gosto de dar espaço á personalização e variedade de perspectivas. - Mas pergunto eu, se será deste mundo quem se senta a ler um livro numa máquina de exercícios no ginásio, e esperará de credo genuíno resultados da sessão de treinos, enquanto folheia carinhosa e lentamente as páginas do mesmo, que tem como apoio as almofadas que normalmente servem para suportar o contra peso de um corpo nele apoiado? Vou de seguida fazer uma busca por técnicas de treino, porque posso na minha incredulidade estar ímpar das mais recentes formas de conseguir uma verdadeira ligação cérebro / corpo / músculo, que de facto existe e em poucas mais modalidades mais do que no Culturismo. Olhando para a pessoa e para o seu comportamento por uns 3 ou 4 minutos, não me pareceu que fosse um caso de experiência e exploração de métodos radicais e inovadores de treino.

Já completamente transpirado e ofegante, perguntei-lhe se podia fazer uso da máquina, uma vez que tinha saltado o exercício dessa para fazer o 2º. Mas acontece que tive tempo de completar as minhas 4 séries antes que esta personagem magra e muito relaxada sequer se dignasse a agarrar a barra. Respondeu-me num tom de voz calmo e nada indicador do porquê da sua presença naquele local, que lhe faltava completar a "última" série. Voltou á introspecção da sua leitura por mais uns segundos e equilibrou o livro nas almofadas para completar o seu... não me atrevo a dizer "exercício", esse conceito define-se pelas minhas primeiras palavras no registo de hoje e o que ele fez claramente não se assemelhava com tal conceito.

Tinha que deitar isto cá para fora. Espero não voltar a ver esta situação repetida, acho que vou fazer queixa:)

Por outro lado, estou a gostar das aulas de salsa que estou a ter com a Joana. A dança é uma óptima maneira de experienciar desafio, a vários níveis, como tal não é sempre fácil gostar ou tirar desfrute da situação que nos traz desconforto, ou até mesmo - atrevo-me a dizer - sensação de desajeito para controlar certas partes do corpo:) Acaba por ser um acto terapêutico, em parte. No que á sincronía diz respeito, é unificador e recompensador. O ritmo é um óptimo coadjuvante da sincronização com a outra parte, depois de se passar pelos limites auto "impostos" e se conseguir largar das insatisfações ou descontentamentos com a insuficiência sentida ao não sentir o corpo fazer o que a cabeça idealiza. Mas é um processo em sí, da semana passada a esta vi e senti desenvolvimento. O resto do mês dirá como nos sentiremos no papel de 2 metades do par salsante:)

Faltam dias para as minhas férias, Portugal e 3 apenas para um fim de semana que se quer cheio e pleno de boas paisagens longe de Barcelona. Está na hora de ver os mapas de como ir para lá, é agora mesmo.

No comments: