Tuesday, May 13, 2008

Dia cinzento

Hoje é um daqueles dias que custou a começar. Difícil manter cabeça levantada, não sei especificamente porquê, mas os geralmentes sei quais são. Uma panóplia de pequenos casos, dificuldades e mal entendidos "lost in translation" desgastam-me há bastante tempo e a apatia exterior não ajuda á interna. Não consegui AINDA resolver o assunto da internet, não sei a quem me dirigir, o que dizer, fazer. De vez em quando pergunto-me como é que este país se projectou com tanta evidência sobre o mundo, temos tanto em comum que só falta mesmo o sotaque para completar a obra. Claro está, se tivesse o sotaque secalhar já me tinha desenvencilhado dos "lost in translation"s, mas assim não se tente compreender melhor o que me diz o comerciante, se o mande "a la mierda, coño" ou simplesmente encha o pulmão com mais uma lufada de ar e esperança que se consegue resolver o embróglio a bem.



É um padrão cansativo. - Até as palavras se repetem, o famoso e incómodo "Pooois, não sei... Não sei o que lhe dizer... nós aqui não podemos resolver isso... só se ligar para o XXXX etc" - mas que raio! Ninguém assume a responsabilidade por estas partes, descartar é um verbo activo e bem posto em práctica pela maior parte dos estabelecimentos comerciais, "atendimento" é um conceito que não encontra sinónimos em muitos sítios e não tem sequer significado em serviços públicos. Estou desolado com a forma como essas grandes marcas passeiam impunemente pelo monopólio total, agravado pela falta de concorrência.

Bateu-me na cabeça meio de lado, a ideia. De voltar, ir mais uma vez á loja da Orange e pedir ao vendedor para me fazer o obséquio de me acompanhar até 2 portas á frente, á Telefónica. Recostar-me e pô-los a conversar! Só para ver o que sairia dalil. Gostaria de pôr o video dessa desinformação no youtube, poderia dar mais uma paródia daquelas como a bendita senhora brasileira que tenta repetir a fonética desse mesmo site. "dábliu dábliu dábliu pontu tupon iútubíu!" - oferecer umas gargalhadas valentes aos patriotas, nem que fosse para ver que se estes amblíopes linguísticos conseguiram "pôr-se" no mapa, porque será que não conseguimos nós, com todo o nosso talento para as linguas!



Menos humourístico agora, gostaria de saber até que ponto da conversa chegariam. E se, por algum acaso, resultaria uma conclusão acerca do próximo passo a tomar.

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